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Exortação à Vigilância

Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, mas unicamente meu Pai. E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis. Mateus 24:36-44.

Introdução

Na última semana de vida terrena de Cristo, houve a entrada triunfal em Jersusalém. A multidão gritava Hosana “Bendito O que vem em Nome do Senhor” (Mateus 21).

Apesar daquele breve momento de entusiasmo público, foi um momento de grandes embates para Jesus por causa dos escribas e fariseus.

Eles acreditavam que religião suficiente se baseava em elementos exteriores, se achavam especiais o suficiente para “tentar” a Jesus em duas ocasiões: 1) Se o batismo de João Batista era de Deus; 2) Se era devido o tributo à César. Em todas as ocasiões Jesus respondeu bem e calou os seus adversários.

A religião exteriorizada é uma condição da vida humana “sem Deus” chamada de “hipocrisia”, vemos algumas coisas importantes que Jesus fez contra a hipocrisia, que mesmo não sendo fariseus, somos tentados a desenvolver:

Purificação do Templo (Mateus 21:12) Virou as mesas dos cambistas e os expulsou daquele lugar sagrado, que deveria ser de oração Combateu o sacrifício comprado com dinheiro, ignorando a necessidade de um coração contrito Vida de facilidades
Parábola da figueira seca (Mateus 21:18) Jesus amaldiçoou uma figueira de folhas verdes, que não dava fruto Amaldiçoou aquela figueira representando um estilo de vida que só tem aparência de piedade, sem frutos Vida de aparência
Parábola dos dois filhos (Mateus 21:28) Um filho diz que vai obedecer ao Pai e não obedece, outro faz o contrário Demonstrou que não adianta dizer “com palavras” que obedece à Deus, mas, não faz a sua vontade Vida de palavras sem ações
Parábolas dos lavradores maus (Mateus 21:33) Lavradores maus espancam os empregados do Dono da Vinha, e depois o próprio Filho, matando-o Prova a justa ira de Deus sobre aqueles que perseguem aos que trabalham na Sua Obra e ao Próprio Cristo Vida de perseguição à Igreja
Parábola das bodas (Mateus 22:1) Um intruso tenta permanecer na festa das bodas do Filho do Rei sem as vestes de convidado, sendo expulso e lançado fora Pessoa que quer participar da festa de Deus, sem ser de Deus, sem desejar ter trocadas as suas vestes Vida de simpatizante à igreja

Então, Jesus começa a censurar os Escribas e Fariseus por causa de seu estilo de vida de aparências e focado em coisas terrenas (Mateus 23).

Quando sai do templo, os discípulos comentam sobre a beleza do edifício e ouvem de Jesus algo inesperado: o Templo seria destruído.

Jesus também faz um resumo do fim dessa era (era da Graça), falando do “Princípio das Dores” e da “Grande Tribulação” (período do anticristo). Jesus disse que levaria um e ficaria outro.

Exortação à vigilância

É neste cenário que acontece a exortação à vigilância.

Jesus alertou que deveríamos observar os sinais de sua vinda, e permanecermos VIGILANTES, visto que ninguém conhece a data certa, a não ser Deus. Jesus disse que isso tudo aconteceria de surpresa (pois as pessoas estariam desapercebidas, levando a vida normalmente: comiam, bebiam, casavam-se etc.).

Essa VIGILÂNCIA foi recomendadas aos seus discípulos, para ser observada sob o aspecto de três parábolas:

  • Parábola do mordomo: estava constituído sobre a casa de Seu Senhor, para dar o sustento ao seu tempo. E bem aventurado seria, se quando seu Senhor voltasse o achasse servindo assim. No entanto, esse mordomo começou a espancar os seus conservos e a comer e beber com os bêbados. Por isso, foi lançado com os hipócritas.

Aqui eu vejo a minha responsabilidade no convívio da minha comunidade cristã.

  • Parábola das Dez Virgens: cinco prudentes e cinco loucas. As loucas levaram azeite apenas em suas lamparinas, mas, as prudentes levaram também nas suas vasilhas. Tardou o esposo, então, tosquenejaram e adormeceram.

À meia-noite, alguém clamou... “aí vem o esposo”. Elas, acordaram e viram que suas lamparinas estavam apagando, mas, pedindo às prudentes não puderam obter o azeite emprestado, porque o Noivo estava vindo e poderia acontecer que chegando ele, todas estivessem com suas lamparinas apagadas.

Elas saem para comprar o azeite e quando voltam: o Esposo já havia entrado nas bodas, e fechado a porta.

Aqui eu vejo a minha responsabilidade individual como crente, referente ao meu caráter interno, porque essa parábola não é pra aqueles que nunca se prepararam, mas para aqueles que não se prepararam o suficiente. Crente que não tem as disciplinas espirituais.

  • Parábola dos talentos: Cada criado recebe uma quantidade de talentos segundo a sua capacidade, e têm a responsabilidade de reproduzir esses talentos. Dois cumprem a ordem do Seu Senhor, enquanto que o terceiro é negligente (relaxado). Esse terceiro opera pela Lei do Mínimo Esforço.

Os talentos referem-se ao caráter externo, voltado ao trabalho. Ou seja, o cuidado que eu demonstro com os negócios do Reino, na ausência do Rei.

Aqui eu vejo a minha responsabilidade no trabalho, tendo recompensa pela minha diligência.

O talento não é algo que tenho, mas que recebo do Senhor. É algo que Jesus me empresta segundo a minha capacidade, e espera que eu lhe dê o devido resultado.

Resultados

Quais resultados poderei esperar no aspecto da vigilância das três parábolas?

  • Como mordomo: se for achado fiel quando o Senhor voltar, serei constituído sobre os seus negócios;

  • Como as virgens prudentes: se for achado com azeite na minha lamparina, vou entrar nas bodas;

  • Como servo: se for achado fiel, devolvendo resultados do meu trabalho, entrarei no gozo (alegria) do meu Senhor e serei colocado sobre muito mais;

MARCELO DAVILA

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