O túmulo está vazio
Maria Madalena ainda está chorando no túmulo. Inclinando-se para frente a fim de olhar o túmulo, ela vê dois anjos de branco. Estão sentados, um no lugar onde estava a cabeça de Jesus, e o outro onde estavam os pés. Eles perguntam: Mulher, por que está chorando? Maria responde: Levaram embora o meu Senhor, e não sei onde o colocaram. Virando-se, Maria vê mais alguém. Ele repete a pergunta dos anjos e acrescenta: Quem você está procurando? Pensando que é o jardineiro, ela diz: Se o senhor o tirou daqui, diga-me onde o colocou, e eu o levarei embora. Jo 20.13-15. Não havia noticiário na televisão, no primeiro século. Mas, se houvesse você pode imaginar o que um comentarista poderia ter relatado na manhã da ressurreição, cerca de 1980 anos atrás:
Bom dia, senhoras e senhores. Aqui fala Claudius Marcellus diretamente de Jerusalém. Estamos aqui na cena de um desaparecimento espantoso... mas antes de discutir isso, deixem-me preencher alguns detalhes do cenário. Há cerca de três anos este homem, Jesus, começou a viajar pelo interior da Judéia pregando um novo tipo de religião. Enquanto conseguia muitos seguidores, ele desagradava a maioria dos líderes religiosos da Palestina. Na manhã de sexta-feira, ele foi crucificado por acusação de traição e blasfêmia. Na tarde dessa sexta-feira, ele foi tirado da cruz e colocado num túmulo em forma de caverna, no qual agora me encontro. Agora, domingo de manhã, o corpo se foi. As únicas coisas deixadas são as mortalhas, bem dobradas e deixadas de lado. A cena aqui é de confusão e alvoroço. A pergunta na boca de cada pessoa é: O que aconteceu com o corpo?
A questão do desaparecimento do corpo de Jesus de um túmulo em Jerusalém, dois milênios atrás, ainda é fundamental para a fé cristã. Cerca de 50 dias depois do desaparecimento, os
apóstolos de Jesus começaram a pregar sua ressurreição e milhares começaram a ser convertidos. Os céticos denunciavam os apóstolos e seu ensinamento e perseguiam violentamente os seguidores de Jesus, mas ninguém jamais disputou o único fato incontestável: O TÚMULO ESTAVA VAZIO.
A resposta à questão do túmulo vazio requer investigação da evidência, indo desde o depoimento de testemunhas a uma análise das circunstâncias. Esta evidência precisa ser objetivamente esmiuçada para determinar o que, de fato, aconteceu.
Fatos verificáveis
1. Jesus viveu. Sobre isso não há dúvida. Documentos escritos por cristãos (Mateus, Marcos, Lucas, João, Paulo, Pedro, etc.) no primeiro século confirmam este fato. Assim também o fazem os escritos de historiadores romanos (Tácito e Suetônio) e judeus (Josefo).
2. Jesus morreu. Depois de ser espancado e açoitado, Jesus foi crucificado. Os soldados furaram seu lado, do qual escorreram sangue e água, confirmando que ele tinha morrido (João 19:33-34). O governador romano, Pilatos, depois de verificar sua morte, liberou o corpo para ser tirado da cruz e sepultado (Marcos 15:44).
3. Jesus foi sepultado. Um proeminente chefe religioso judeu chamado José, tinha um túmulo novo escavado na rocha, dentro do qual ele colocou o corpo de Jesus (Mt 27:57-61; Mc 15:42-
47; Lc 23:50-56; Jo 19:38-42). Diversas mulheres observaram José e seu amigo Nicodemos colocarem o corpo dentro do túmulo em forma de caverna e rolarem uma grande pedra sobre sua abertura. Eles tinham tido pouco tempo para embalsamar o corpo adequadamente, pois o sábado judaico começava ao pôr do sol da noite de sexta-feira. As mulheres fizeram planos para virem cedo na manhã de domingo com mais especiarias para completar o embalsamamento. Mas quando chegaram, encontraram a pedra tirada e nenhum corpo no túmulo.
4. Testemunhas oculares alegaram que viram Jesus vivo. Entre estas estavam discípulos que viram Jesus muitas vezes e puderam tocá-lo, falar com ele e até mesmo comer junto com ele. Como julgaríamos o depoimento destas testemunhas? Geralmente, avaliamos o testemunho por fatores tais como honestidade, competência e número.
Honestidade: Os apóstolos nada ganhavam (dinheiro, popularidade, etc.) por terem pregado a ressurreição. De fato, foram frequentemente mortos por causa disso. Sua disposição a morrer por sua crença confirma sua integridade.
Competência: Os escritos destes homens demonstram competência mental, lucidez e atenção aos pormenores. O fato que muitos deles já conheciam bem Jesus e foram capazes de ter contato físico com ele certamente os coloca em posição de verificar a ressurreição.
Número: Normalmente, duas ou três testemunhas são suficientes para estabelecer um fato histórico, mas neste caso, houve literalmente centenas (1Co 15.6). A relutância inicial das testemunhas oculares em crer reforça seu testemunho (Mc 16:11, 13; Jo 20:19-29). Alguns a quem Jesus apareceu nem eram discípulos antes de o terem visto ressuscitado: Tiago, por exemplo, (Jo 7:5; 1 Co 15:7) e Paulo.
Enfim Páscoa, não coelhinhos, nem chocolates, mas a absoluta convicção de que o túmulo esta vazio, não porque desapareceram com o corpo de Cristo, mas Ele ressuscitou e nos garantiu, este que é um dos maiores privilégios do cristianismo o ressuscitar para a glória eterna ao lado de Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, junto com todos os santos de todas as épocas -
FELIZ PÁSCOA
B O L E T I M S E M A N A L
IGREJA BATISTA CURUÇÁ
www.ibacabc.com.br
O TÚMULO ESTA VAZIO
Pr. Giovanni Diodato Neto